Dupla Victor e Leo começa hoje a esperada turnê por Santa Catarina
A dupla sertaneja de maior sucesso na atualidade inicia hoje em Tubarão, na arena de shows da 20ª Produsul, uma turnê que promete emocionar os fãs de Santa Catarina. Embalados por sucessos que deram cara e coração até em trilha sonora de novela da Globo, os mineiros Victor e Leo seguem amanhã para Biguaçu, depois Corupá e finalmente Chapecó.
Com 17 anos de carreira, seis CDs e um DVD, os irmãos Vitor Chaves Zapalá Pimentel, o Victor, e Leonardo Chaves Zapalá Pimentel, o Leo, vivem um momento mágico. Eles demoraram mais de 10 anos até alcançar o sucesso junto ao público, mas, depois, foi como se cada composição de seus álbuns virassem mania de Norte a Sul do Brasil.
Foi assim com Vida Boa, Fada, Sinto Falta de Você, Tem Que Ser Você e Borboletas, todas composições de estilo romântico, que foram bem recebidas especialmente pelo público feminino. Quando Deus e Eu no Sertão foi escolhida para ser a trilha sonora da recém encerrada novela das 18h Paraíso, brilhou mais uma vez a estrela de Victor e Leo.
A melodia “nunca vi ninguém, viver tão feliz, como eu no sertão...” seria algo do tipo que Tonico e Tinoco cantavam nos anos 1960, mas virou um hino de sertanejos do interior e baladeiros da cidade grande.
A seguir, uma entrevista com a dupla.
As músicas de vocês têm influências que vão desde o rock até a música gaúcha. Como surgiram essas influências e de onde vem a inspiração para as composições ?
Victor e Leo – Nossas influências são variadas. Ouvimos o que nos emociona e julgamos isso pela letra, melodia e arranjos de uma canção. Gostamos muito de trabalhos regionais como o de Almir Sater, Alceu Valença e Zé Ramalho e, também, de sons diversos internacionais como Enya, Eric Clapton e Phil Collins. A soma real do que ouvimos como referência está na essência e no quanto isso pode inspirar. Não dá para dizer de onde vem inspiração. É uma coisa que só se pode ver e ouvir com a alma e que está ao alcance do que só se pode sentir.
E o enfoque mais poético e divertido da música de vocês como surgiu? O romantismo é marcante, mas distante do estilo “dor de cotovelo”.
Victor e Leo – Nada do que fazemos é exatamente pensado, embora com o tempo acabamos aprendendo a usar nossas emoções em nosso favor. Para se ter uma ideia, Fada e Amigo Apaixonado foram criados há mais de 10 anos e Fotos em 2007. Nossa intenção é espiritualmente clara e queremos mesmo que as pessoas sintam-se bem quando ouvem nossas canções. Quando fazemos os arranjos ou composições deixamos nossa alma falar e direcionamos esta linguagem para uma forma que seja compreensível.
Quais os maiores obstáculos que enfrentaram e as maiores alegrias na carreira?
Victor e Leo – Os maiores obstáculos são nossas próprias superações como lidar com nossos orgulhos, vaidades e inseguranças. O problema do início não está em falta de grana ou de oportunidade. Está em você fazer seu trabalho valer mais e trabalhar para que a oportunidade também te busque. Não existem injustiçados quando o assunto é trabalho. Existem aqueles que desistiram porque acharam os problemas grandes demais e aqueles que venceram porque continuaram tentando, independente do tamanho dos desafios.
Já existe planejado algum show internacional de vocês?Apesar da carreira de 16 anos como explicam ter estourado no Brasil em poucos anos de exposição na mídia e o que fazer para não caírem no esquecimento e continuarem uma carreira promissora?
Victor e Leo — Já existem propostas para shows no exterior e também de lançamento de um álbum em espanhol. Embora não vejamos limites para a expansão de nosso trabalho ainda é cedo e nem nos firmamos em nosso próprio país. É uma realização rara e honrosa para um artista ver seu trabalho reconhecido por todo um país antes de aparecer em qualquer programa ou mídia nacional.
Tivemos a grata experiência de estarmos ao lado de pessoas cantando nossas canções sem que elas nos reconhecessem, pois não conheciam ainda nosso rosto. Não houve lançamento nem investimento. Nosso CD ao vivo foi gravado de forma independente e totalmente produzido por nós mesmos em São Paulo, onde moramos e cantamos durante anos. Foi o público e continua sendo o público nosso maior divulgador. Não temos a menor preocupação com o futuro. Fazemos nosso trabalho sem a pretensão de ser sempre um grande sucesso. Em cada ano crescemos como pessoa, espírito e profissionalmente. Então o que faremos é dar continuidade e crescente qualidade à nossa música, feita para trocar luz e harmonia com quem ouve. O resto é consequência.
Vocês cantaram muito em bares no início da carreira. Qual acontecimento que marcou o exato instante para o trabalho de vocês ser descoberto e mostrado para o país todo e qual foi o responsável por esta descoberta e por empreender a dupla fazendo estourar o trabalho de vocês?
Victor e Leo — O acontecimento foi a gravação de nosso terceiro CD, Victor & Leo ao Vivo, arranjado e produzido por nós mesmos. E o responsável por esta expansão foi o público diversificado, pois não se limita apenas a quem gosta de música sertaneja. Não tivemos empresários ou investidores durante este acontecimento nacional. Somos donos de nosso negócio e temos a felicidade de sermos nossos próprios produtores também, junto a uma gravadora que respeita isso 100% e passou a distribuir nossos trabalhos como eles são.
E sobre muitas crianças gostarem da música de vocês?
Victor e Leo — Isso é um orgulho! Há muitas crianças nos shows e em diversas partes do Brasil, os pais levam seus filhos que cantam nossas canções, principalmente Vida Boa e Fada. As crianças são energia de pureza, então tomamos cuidado com nossas letras, atentando para o fato de que crianças as cantarão e de que adultos poderão sentir esta pureza em seus corações também.
Vocês cantaram juntos pela primeira vez em 1992. Como foi a iniciação musical de vocês?
Victor e Leo — Pura e acima de tudo despretensiosa. Não pensávamos em ser cantores. Cantávamos para amigos na pracinha da cidade e depois em alguns botecos após participarmos de um pequeno festival local. Só depois de um bom tempo pensamos em nos profissionalizar.
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